
O primeiro computador surgiu em 1939, nos Estados Unidos. Desde essa altura até hoje verificou-se uma evolução tecnológica considerável que, inevitavelmente, se repercutiu nos diversos aspectos da vida diária.
Os ecrans de visualização dos computadores são a peça dos computadores mais importante em termos de repercussão ocular. De facto, os ecrans de visualização são utilizados diariamente no trabalho, na educação e como aspecto lúdico.
Quando se fala nos ecrans de visualização, também se devem considerar a televisão e os jogos electrónicos. A Televisão repercute-se de modo diferente, relativamente aos ecrans de visualização dos computadores, dado que nesse caso teremos que considerar apenas a visão de longe, o que origina uma menor concentração visual e, sobretudo, a não solicitação do esforço de convergência ocular.
Por motivos profissionais ou privados, de facto, hoje em dia, grande número de pessoas passa várias horas por dia diante dum ecran de visualização dum computador.
Foram efectuados diversos estudos no sentido de verificar se o ecran de visualização era responsável por diversas complicações oculares. Quer a emissão de radiações electromagnéticas perigosas, quer a causa de formação de cataratas não foram confirmadas. De facto, a emissão de radiação ultravioleta produzida pelos computadores parece ser menor do que a produzida por uma lâmpada fluorescente.
Outro problema apontado é o esforço ocular. E aí sim, são referidas quer diversas perturbações da visão, quer um desconforto ocular.
Diante de um indivíduo que se apresenta com sintomas aquando do trabalho com um ecrã de computador, será à partida difícil de distinguir entre as causas próprias responsáveis pelos sintomas e os factores “favoráveis”.
Podemos então pensar que os sintomas resultantes do trabalho com ecrã de computador serão o resultado de perturbações visuais ou dum ambiente visual desfavorável ou mesmo, da associação dos dois factores.
Assim podemos considerar 3 causas/factores principais responsáveis pelo aparecimento da sintomatologia aquando do trabalho no ecrã de computador.
Como 1º factor temos o grupo das causas oculares. Neste grupo poderemos ainda subdividi-los em a) defeitos de refracção não corrigidos ou mal corrigidos, perturbações da acomodação, insuficiência de convergência e perturbações oculomotoras; b) patologias oculares como, por exemplo, alergias ou síndromes de olho seco ; c) uso de lentes de contacto.
Como 2º factor temos os factores ambientais ou ergonómicos. Aqui também deveremos subdividi-los em a) condições do local de trabalho, nomeadamente a iluminação, o grau de resolução do ecrã do computador, o brilho e os reflexos no ecrã do computador.De salientar que no ecrã do computador não deverão estar reflexos de luzes artificiais ou provenientes da janela, razão pela qual o ecrã do computador nunca deverá estar posicionado em direcção à janela; b) de considerar igualmente as condições gerais do local de trabalho, onde se poderão incluir o grau de ventilação do local, o aquecimento, a influência do ar condicionado, o stress e a organização do trabalho e das pausas.
Como 3 º factor potencialmente implicado na causa da sintomatologia diante dum ecrã de computador teremos o estado geral de saúde, onde se poderão incluir não só as perturbações físicas ou emocionais, mas igualmente patologias cutâneas, tais como a rosácea e a seborreia.
Hoje em dia está mesmo definido um síndrome chamado Computer Vison Síndrome, o qual é caracterizado pelo cansaço visual associado ao uso prolongado do computador. É caracterizado por irritação ocular, olhos vermelhos, comichão, sensação olhos secos, fadiga, sensibilidade á luz, sensação de pálpebras pesadas e dificuldade em focar as imagens.
O utilizador dos ecrans de visualização dos computadores tem que manter permanentemente imagens bem definidas, daí que resulte facilmente numa tensão dos músculos do olhos. E os músculos extrínsecos do olho são histologicamente tecido muscular estriado, exactamente igual ao tecido muscular das pernas. Daí o cansaço, se o esforço muscular (ou visual) for prolongado.
- patologia visual (miopia, hipermetropia, diminuição da visão de perto)
- condições ambientais inadequadas (iluminação e posição na cadeira e posição utilizador-ecran incorrectos)
- hábitos de utilização do ecran de visualização errados (sem pausas)
- Posicionando correctamente o computador a 50-60 cm dos olhos. A linha superior do ecran de visualização deve estar 2 cm abaixo da linha horizontal dos olhos. Inclinar o ecran cerca de 8 graus para cima. Uma boa postura é fundamental para diminuir a fadiga muscular e visual.
- Verifique a sua postura. Deverá manter a coluna e o pescoço sempre direito, de modo a evitar a tensão dos músculos do pescoço, dado que estes têm relação com os músculos extrínsecos do olho. As mãos deverão estar mais elevadas do que os cotovelos.
- Se usar documentos ao mesmo tempo, deverá fixá-los lateralmente, com suporte no computador, de modo a evitar movimentos excessivos da cabeça.
- Boa iluminação do espaço. É fundamental minimizar os reflexos no ecran de visualização, seja da janela, seja das lâmpadas.
- São importantes as pausas. De um modo geral, recomenda-se uma pausa de 5-10 minutos um cada 2 horas de uso. De modo a prevenir a fadiga visual, feche os olhos durante alguns segundos e foque durante alguns segundos objectos á distância.
O Sol tem efeitos benéficos e maléficos. Como a maioria das coisas ou atitudes, tem que saber dosear-se. Tem muitos efeitos benéficos, como se sabe, e mesmo necessários. O Sol é anti depressivo e tem mesmo efeito anti stress. Regula os nossos ritmos biológicos, cura algumas doenças da pele e, devido ao facto de estimular a síntese de vitamina D, facilita a absorção de fósforo e de cálcio. Até influencia favoravelmente o humor…e mesmo um pequeno raio de Sol. No entanto, os seus raios devem ser consumidos apenas em quantidades moderadas, dado que se não devidamente doseados, podem ter efeitos maléficos. Uma absorção excessiva de raios solares, especialmente em horas de maior intensidade, pode provocar efeitos nefastos, não só na pele, mas também, e sobretudo, nos olhos.
Devido á “luz visível”, além da sensação desagradável de deslumbramento, provoca igualmente uma sensação de ardor e lacrimejo.
Além disso, o Sol também produz raios com comprimentos de onda ultravioletas e infravermelhos.
Os raios infravermelhos aquecem os tecidos, secando a superfície ocular, diminuindo o filme lacrimal e atenuando deste modo o seu efeito protector lubrificante e necessário do globo ocular.
Os raios ultravioletas atravessam os diferentes meios ópticos do olho – nomeadamente a córnea e o cristalino – e atingem a retina. Uma exposição excessiva ao Sol levará, inevitavelmente, a um envelhecimento precoce das células da retina, essenciais á visão. Ou induzirá mesmo a cegueira no caso do olhar directo para o Sol. Atenção ao olhar para os eclipses!
A quantidade de raios ultravioletas que nos atinge, depende da temperatura, da distância do Sol à terra e da composição da atmosfera: camada de ozono, densidade de nuvens e mesmo a poluição. O perigo máximo situa-se entre as 12 e as 16 horas. Mas, alguns raios ultravioletas, nomeadamente do tipo A, os quais são muito penetrantes, estão presentes também no início e no fim do dia.
Outro aspecto é sobre a neve, onde cerca de 80-90% dos raios ultravioletas são reflectidos. Atenção aos praticantes de esqui! E não é suficiente usar apenas óculos escuros! É necessário usar óculos escuros com percentagem elevada de escuro (informação adiante).
A escolha da densidade dos óculos escuros faz-se em função da actividade projectada e, particularmente, do nosso meio ambiente. Tal como para os cremes solares, cada nível de protecção é caracterizado por um índice. E, logicamente, não somos todos iguais perante o SOL.
De facto, se a partir dos 60 anos de idade, os adultos estão particularmente sensíveis à luminosidade, dado que ao opacificar, o cristalino aumenta a difusão dos raios e favorece o deslumbramento, <strong>são sobretudo as crianças as mais expostas ao perigo, devido ao facto de não possuírem o filtro para os raios ultravioletas que os adultos têm.</strong> Portanto, o uso de óculos escuros justifica-se mais nas crianças do que, inclusive, nos adultos.
Mas, como escolher os óculos escuros entre uma variedade imensa de modelos e marcas, de variados formatos e a todos os preços, entre os muitos que nos são apresentados no mercado?
Os bons óculos escuros deverão actuar, não só sobre o deslumbramento, mas também contra os raios ultravioletas e infravermelhos. É assim necessário verificar se eles beneficiam da norma CE, garantindo uma filtração 100% anti-UV, e controlar igualmente, com a ajuda do óptico, que essas lentes nos protegerão suficientemente contra a luminosidade em função do uso aplicado.
Para os raios infravermelhos, não há nenhuma norma legal obrigatória, mas alguns fabricantes indicam a capacidade de absorção das lentes. É, igualmente importante assegurar, que eles não alteram a percepção dos contrastes, nem provocam deformações da visão.
Um aspecto descurado habitualmente é a protecção lateral dos óculos. Quanto mais intensa a luz solar, maior deverá ser precisamente a protecção lateral, um facto que se deverá verificar nos óculos usados na neve.
Em teoria, e de um modo geral, os olhos mais claros serão os que terão mais sensibilidade à luz solar. Mas, na realidade, a capacidade de maior ou menor sensibilidade à luz depende, não só da pigmentação ocular, mas também doutros factores, como: a fadiga muscular, a tensão nervosa ou os defeitos refractivos oculares.
As normas Europeias classificam os óculos escuros em 4 categorias, segundo a percentagem escura apresentada:
- INDÍCE 4 – Recomendados para actividade de montanha e neve. Interditos na condução.
- INDÍCE 3 – ideal para os barcos e desportos praticados em condições de grande luminosidade.
- INDÍCE 2 – condução automóvel, praia, esplanadas.
- INDÍCE 1 – condução automóvel, fraca luminosidade ambiental.
- É uma complicação ocular da Diabetes Mellitus. É de carácter progressivo, habitualmente.
- É grave! É potencialmente grave, mas tem solução! No entanto, ainda é, hoje em dia, a principal causa de cegueira entre os 30 e os 60 anos de idade.
- Devido á hiperglicemia prolongada, ocorrem alterações na circulação sanguínea retiniana. Os vasos sanguíneos podem comparar-se a mangueiras. E estas mangueiras podem ficar entupidas e sofrer furinhos, por onde extravasa a agua. É exactamente o que ocorre nos vasos sanguíneos da retina. Por um lado, oclusão dos capilares retinianos (levando a redução do fluxo sanguíneo nos capilares retinianos e consequente isquémia) e extravasamento de sangue e gordura para a retina, por perda da função de barreira.
- A retinopatia diabética é uma afecção de causa multifactorial. Os factores de risco que aumentam a probabilidade de retinopatia diabética são:
- idade (é rara antes da puberdade).
- raça (maior incidência na raça negra).
- genética(4% maior risco se uma familiar tiver retinopatia diabética).
- duração da diabetes (uma duração de diabetes superior a 16 anos, aumenta imenso o risco de retinopatia diabética. Quanto maior a duração da doença, maior é o risco de retinopatia diabética).
- controle metabólico (quanto maior é o descontrole metabólico, maior é o risco de retinopatia diabética).
- factores oculares (os doentes portadores de miopia têm uma menor incidência de retinopatia diabética).
- factores sistémicos (os doentes portadores de anemia, nefropatia e neuropatia autónoma têm uma risco maior de aparecimento de retinopatia diabética).
- factores diversos (o tabagismo e a gravidez aumentam o risco de aparecimento e evolução da retinopatia diabética).
- Não tem, na fase inicial, o que justifica a necessidade de exames periódicos e vigilância oftalmológica em doentes com diabetes mellitus.
- Há 3 fases: retinopatia diabética de fundo (presença de hemorragias na retina, exsudados duros, que são lesões amareladas e outras alterações), retinopatia preproliferativa (presença de áreas extensas de isquemia na retina) e a retinopatia diabética proliferativa (presença de vasos anómalos, que sangram com facilidade – neovasos. São vasos anómalos criados pelo corpo humano, no sentido de tentar colmatar as áreas de isquemia da retina


- O tratamento mais importante é a fotocoagulação laser da retina, conjuntamente com o melhor controle metabólico da diabetes, Aquando da ocorrência de hemovitreo (sangue no vítreo) ou membranas pré-retinianas, poderá efectuar-se uma cirurgia intraocular, chamada Vitrectomia. Recentemente, em situação de edema macular, resistente ao tratamento laser, ou em situações de Retinopatia diabética proliferativa, poderá efectuar-se a injecção intravítrea de substâncias antiangiogénicas.
- É fundamental e importante que:
- Controle metabólico! Controle metabólico! O doente deverá tentar que o seu valor de glicemia seja regularmente inferior a 160 mg/dl. Igualmente a realização da analise -hemoglobina glicosilada, que reflecte o controle metabólico nos 3 meses anteriores.
- Exercício físico regular. Andar! Andar todos os dias.
- Prevenir e controlar algumas patologias que influenciam desfavoravelmente a retinopatia diabética, como: a anemia, o dislipidemia, nefropatia...
- Evitar o tabagismo
- Exame oftalmológico regular, em casos ligeiros, anuais, e em casos mais graves, de 3 em 3 meses.
- É uma doença ocular grave e uma das principais causas de cegueira, em todo o mundo. É uma doença do nervo óptico, na qual este é afectado e destruído progressiva e lentamente, consequência do aumento da pressão intraocular.
- Dentro do olho existe um líquido, chamado humor aquoso. É produzido no interior do olho e sai do olho, contribuindo para manter a forma e o tónus do globo ocular.
- O aumento da pressão intraocular é causado por uma acumulação desse mesmo humor aquoso, resultado ou da obstrução ao escoamento ou por aumento da sua produção.
- Quando não é diagnosticado ou tratado, provoca uma destruição progressiva e lenta do nervo óptico…que evolui para a cegueira, se não tratado! O aumento da pressão intraocular vai dificultar e bloquear a irrigação das fibras nervosas, que compõem o nervo óptico, levando á sua morte.
- Aos 40 anos, 1 em cada 100 pessoas tem alguma forma de glaucoma e aos 70 anos, 1 em cada 10 pessoas tem alguma forma de glaucoma.
- Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais frequente após os 30 anos de idade. Quando há uma história de glaucoma na família, o risco de vir a ter a doença aumenta consideravelmente.
- A forma mais comum é o glaucoma crónico de ângulo aberto, com cerca de 90% dos casos. É uma forma lenta e progressiva, que não dá sintomas habitualmente. O aumento da pressão intraocular é resultado sobretudo do aumento da dificuldade de escoamento do olho, mas também do aumento de produção do humor aquoso.
- O glaucoma agudo de ângulo fechado é uma situação rara, grave e que dá sintomas como, dor ocular, olho vermelho, diminuição de visão e vómitos. É uma urgência oftalmológica.
- O glaucoma congénito, é raro.
- O glaucoma secundário é resultante de doenças sistémicas ou oculares e medicamentos
- Geralmente, não dá sintomas. Tem uma progressão lenta, podendo levar meses ou anos até que surja o estreitamento dos campos visuais (perda de visão lateral). Nesse estádio, habitualmente, já existe uma lesão grave e irreversível do nervo óptico.
- Não! Ocorre hipertensão ocular apenas, sem que exista glaucoma, se ocorrer um aumento da pressão intraocular e o nervo óptico e os campos visuais estiverem normais.
- Além disso, pode ocorrer também o glaucoma com tensão ocular normal.
- Não se sabe exactamente. É multifactorial mas a diminuição da irrigação vascular é um dos factores mais importantes.
- Ocorre quando aumenta subitamente a tensão intraocular. Aí sim, ocorrem os tais sintomas de dor ocular, diminuição de visão, halos ao redor das luzes, olho vermelho, náuseas e vómitos.
Ter:
- mais de 45 anos de idade.
- história familiar.
- diabetes.
- hipertensão arterial sistémica e hipotensão arterial sistémica.
- tomar medicamentos (corticoides).
- raça negra.
- Varia! É mais elevada de manhã. Mas estas variações fisiológicas, só por si, não causam lesões oculares.
- Sim. É uma doença bilateral.
- Depende sobretudo se é detectado precocemente ou não.
- Não há cura para o glaucoma. Mas existe tratamento que visa estacionar a evolução da doença. Podendo ser utilizados medicamentos como: colírios (gotas oculares), para diminuir a tensão intraocular, comprimidos para diminuir a tensão intraocular, tratamento laser e cirurgia.
- O exame do fundo do olho.
- A medição da tensão intraocular.
- Alterações dos campos visuais.
- A diminuição média da espessura das fibras nervosas.
- É importante detectar e diagnosticar a doença glaucoma o mais precocemente possível, de modo a poder ser iniciado o tratamento.
- É uma doença silenciosa e grave... logo há que efectuar exames oculares regulares.
- Alterações dos campos visuais.
- Sempre que tiver duvidas, consulte o seu Oftalmologista.
- São reacções alérgicas dos olhos, ou seja, são respostas do sistema imunológico (sistema de defesa do organismo) a uma determinada substância, que se chama alergeno.
- São substâncias capazes de produzir reacções alérgicas.
- Pólen (arvores, flores e algumas ervas que libertam o pólen no ar).
- Mofo (esporos de mofo existente nas folhas e no feno e que são libertadas no ar).
- Pêlo dos animais (nomeadamente do gato).
- Ácaros da poeira, poluição, cosméticos e produtos de maquilhagem.
- Alimentos de origem marinha (camarão, lagosta).
- É a conjuntivite alérgica e as reacções alérgicas palpebrais.
- É uma inflamação da conjuntiva. A conjuntiva é uma membrana fina e transparente que reveste a parte branca do olho (esclera) e a superfície interna das pálpebras.
- Sim. Se a conjuntiva for exposta a um alergeno, irá levar a uma irritação dos vasos sanguíneos, com consequente dilatação, o que origina o olho vermelho.
- Sim. Pode manifestar-se somente como conjuntivite alérgica, quando as pessoas contactam com substâncias perigosas levadas pelo vento, como esporos de fundos, pó e o pêlo dos animais domésticos.
- Prurido (comichão).
- Lacrimejo (choro).
- Ardor.
- pálpebras (edema, eritema e descamação).
- Hiperemia da conjuntiva (olho vermelho).
- Quemose (conjuntiva inchada e de aspecto gelatinoso).
- Edema e descamação da pele das pálpebras.
- Conjuntivite alérgica sazonal ou perene (febre dos fenos). Na forma sazonal, os alergenos mais comuns são o pólen das gramíneas ou das ervas daninhas. Na forma perene, os alergenos mais comuns são o ácaro do pó da casa e o pêlo dos animais.
- Conjuntivite Vernal - É rara, mas potencialmente grave, devido ao atingimento da córnea. Muitas vezes não é possível estabelecer um alergeno predominante.Habitualmente a doença tem uma duração de 5-10 anos.
- Conjuntivite atópica - Pode levar á cegueira, por atingimento da córnea. Pode ter a duração de décadas.
- Conjuntivite Papilar - Habitualmente é resultado da intolerância ás lentes de contacto e/ou aos produtos de desinfecção das lentes de contacto.
- Conjuntivites por contacto ou tóxicas - Por reacção alérgica a alguns fármacos (anestesicos, atropina cloranfenicol, gentamicina, etc.) e a conservantes.
- Qualquer pessoa pode ter reacções alérgicas oculares. No entanto, os doentes com asma, rinite alérgica ou alergias da pele, têm mais risco de desencadear alergias oculares.
- Sim. Habitualmente têm uma duração autolimitada, com uma duração de 5-10 anos. A excepção é a conjuntivite atópica, que pode ter uma duração de décadas.
- Sim, por 2 razões. A primeira é que o acto de coçar os olhos vai estimular o aparecimento de substâncias químicas, que elas próprias vão estimular a comichão (é um circulo vicioso). A segunda razão é porque, nos doentes com conjuntivite atópica o acto de coçar os olhos pode levar ao desencadeamento dum doença da córnea chamada queratocone.
- Manter ambientes sempre livres de pó.
- Lavar as roupas guardadas há muito tempo, antes de as usar.
- Evitar ambientes com muito pó, fumos e com odores fortes.
- Eliminar tecidos que acumulem poeiras, como tapetes, alcatifas, cortinados e bonecos de peluche.
- Manter limpo o filtro do ar condicionado.
- Dormir com roupa de cama sintética, evitando edredons de lã, mantas, cobertores felpudos e lençóis de flanela.
- Evitar almofadas nos sofás, utilizando sempre capas de plástico.
- Evitar objectos de decoração que possam acumular pó.
- Evite ter plantas, flores e animais de pêlo dentro de casa.
- Limpe o pó, com frequência, e sempre com aspirador ou um pano húmido.
- Evite o contacto com animais domésticos.
- Evite passear pelo campo, sobretudo na Primavera e Outono, sobretudo em dias de muito vento.
- Tentar manter as janelas fechadas na Primavera e Outono.
- Aspirar semanalmente o colchão.
- Guardar em armários e gavetas os objectos que possam acumular pó, como bonecos de peluche e livros.
- Substitua a vassoura pelo aspirador.
- Evite medicamentos ou produtos que tenham causado alergia anteriormente.
- Forrar os travesseiros e almofadas com capas impermeáveis.
- Restringir o uso de cosméticos e produtos de maquilhagem.
- Evitar o uso de lentes de contacto.
- Evite banhar-se em piscinas, sem óculos protectores e vedantes.
- Evite os alimentos mais alergenos (bananas, morango, kiwi, mariscos).
- Durante os passeios ao ar livre, proteger sempre os olhos com óculos escuros.
- Evite esfregar ou coçar os olhos.
- Deve abandonar-se rapidamente o local onde apareceram os sintomas.
- Lavar os olhos com soro fisiológico.
- Não esfregar os olhos.
- Aplicar compressas frias sobre os olhos fechados.
- Procurar um Oftalmologista para iniciar o tratamento médico
- A única cura é a evicção do alergeno (não contactar mais com o alergeno).
- Para aliviar os sintomas pode aplicar-se tratamento tópico (gotas oculares e pomada oftálmicas) ou sistémico.
- É uma situação clínica em que existe uma deficiência quantitativa e/ou qualitativa do filme lacrimal précorneano, multifactorial, e que resulta numa hidratação inadequada da córnea.
- É a perda ou a redução da capacidade normal dos olhos para produzir lágrimas...É necessário um equilíbrio entre a produção de lágrimas e a sua excreção, seja por drenagem, seja por evaporação.
- Quando se perde esse equilíbrio, surge a ruptura do filme lacrimal, produzindo áreas secas sobre a córnea e conjuntiva, levando ao aparecimento de lesões e consequente sintomatologia.
- Se não for diagnosticado e/ou tratado correctamente poderá levar ao aparecimento de lesões graves na superfície ocular, e em casos mais graves, á perda de visão.
- Nas glândulas lacrimais principais e acessórias.
- Nas glândulas lacrimais principais, que se localizam na órbita e nas pálpebras, produzem-se as lágrimas reflexas, em resposta a um estímulo (irritação, emoção). No entanto, estas glândulas não contribuem para a hidratação do globo ocular, o que leva a que, paradoxalmente, as pessoas que sofram de olho seco se possam queixar de chorar muito.
- As Glândulas lacrimais acessórias servem para hidratar e nutrir a córnea, facilitando a visão nítida, remover corpos estranhos e microrganismos. São as lágrimas basais.
- As lágrimas são produzidas constantemente de modo a que a superfície ocular esteja hidratada.Esta produção poderá ser aumentada, como se disse, consequência de respostas a estímulos externos como trauma, emoções, alergias e poluição atmosférica.
- Normalmente o pestanejo espalha uniformemente a lágrima pela superfície ocular como uma fina película, o filme lacrimal, o qual ao fim de alguns segundos se rompe, sendo refeito normalmente com um novo pestanejo.
- Pestanejamos em média 15 vezes por minuto.
- O pestanejo leva a que as lágrimas vão fazer a cobertura da superfície da córnea, hidratando-a, protegendo-a e nutrindo o olho. Além disso possibilita uma visão nítida e sem distorções.
- Ardor.
- Irritação.
- Sensação corpo estranho ou areia nos olhos.
- Lacrimejo excessivo (sintoma que confunde!).
- Fotofobia (sensibilidade aumentada á luz).
- Visão desfocada.
- Olhos vermelhos.
- Desconforto após ler, ver televisão ou trabalhar com computador.
- Existência de secreção mucosa nos olhos.
- As lágrimas são secretadas pelas glândulas lacrimais principais e acessórias. Drenadas no fundo de saco conjuntival e posteriormente eliminadas nas fossas nasais pelas vias lacrimais excretoras.
- É uma estrutura importante para assegurar a integridade da superfície da córnea e conjuntiva.
- Camada lipídica (a mais anterior) - é secretada pelas glândulas de Meibomius. Tem como função retardar a evaporação da camada aquosa (intermédia), estabilizando deste modo o filme lacrimal.
- Camada aquosa (intermédia) - ocupa a quase totalidade da espessura do filme lacrimal (98% da espessura). E transporta oxigénio para o epitélio da córnea,contém lisosima e beta-lisina (função bactericida) e imunoglobulinas (principalmente IG A, que impede a aderência das bactérias á superfície corneana). Esta camada tem também um papel importante na manutenção da nitidez das imagens.
- Camada mucosa (intimamente ligada ao epitélio da córnea e conjuntiva bulbar) - A camada mucosa é uma camada que adere á superfície do epitélio corneano, fazendo com que as lágrimas de distribuam de forma homogénea na superfície corneana entre os pestanejos.
- Certamente uma das causas mais importantes de desconforto ocular no idoso.
- Estima-se que numa população acima de 65 anos de idade, entre 15-40 % da população esteja afectada por esta patologia.
- Podem existir doenças sistémicas, mas a grande maioria não apresenta essas patologias.
- Actividades que exijam uma maior concentração, como ler, usar computadores, conduzir, ver televisão, ou seja, sempre que é requerida uma maior atenção, a qual se reflecte numa diminuição do ritmo de pestanejo.
- Ver televisão acima da posição dos olhos, provoca uma maior abertura palpebral, levando a uma maior evaporação das lágrimas.
- Condições ambientais, como o vento e o ar condicionado, as quais levam a uma maior evaporação das lágrimas.
- O olho seco ocorre mais frequentemente no Outono e Inverno, devido à baixa humidade do ar.
- Mulheres pós-menopausa por alterações hormonais.
- A idade (com o avançar da idade a produção de lágrimas diminui. Por exemplo, aos 65 anos de idade, produz-se menos 60% de lágrimas do que aos 18 anos de idade).
- Causas sistémicas: Artrite reumatóide, Lúpus eritematoso disseminado, esclerodermia, poliartrite nodosa, sarcoidose, Parkinson, diabetes mellitus, doença tiroideia.
- Anomalias das pálpebras e do epitélio corneano.
- Fármacos que diminuem a produção lágrimas (antihistaminicos, tranquilizantes, descongestionantes, antidepressivos, anticonceptivos orais, anestésicos, beta-bloqueantes).
- Pós operatório de cirurgia de refracção ocular.
- Lentes de contacto (podem levar a uma maior secura ocular ou ao agravamento duma situação pré-existente).
- Permanência em altitudes elevadas.
- Fumo de cigarro. Poluição do ar.
- Clima seco, com vento.
- Queimaduras químicas.
- Exame completo do doente e estes específicos (B.U.T., teste Shirmmer e Rosa bengala). Ou seja, observação e orientação terapêutica pelo Oftalmologista.
- É paliativo! Verificação das patologias sistémicas e correcção dos factores apontados como predisponentes. Lágrimas artificiais, preferencialmente sem conservantes. Sob a forma de colírios ou gel, em casos mais graves.Oclusão dos pontos lacrimais (em casos mais graves).
- Vem do latim “MUSCAE VOLITANTES”. Também chamadas MIODESOPSIAS, que vem do grego MYÕDES (semelhante a moscas) e ÓPSIS (visão).
- É um defeito (sintoma) ocular que se manifesta na visão, como uns pontos, filamentos ou manchas no campo visual.
- São opacidades (condensações) do humor vítreo, a gelatina transparente que preenche o globo ocular, e que ao serem atingidos por um feixe de luz, projectam a sua sombra na retina, conforme a movimentação do olhar.
- Podem apresentar diferentes formas, desde pontos, linhas, teias de aranhas, moscas, nuvens, filamentos, círculos...
- São causadas por alterações fisiológicas que ocorrem no vítreo, em decorrência da idade ou doenças oculares. O gel vítreo começa a encolher, afasta-se da parede posterior do globo ocular (retina), provocando o aparecimento de descolamento posterior vítreo.
- É uma estrutura com aspecto de gelatina que preenche toda a cavidade posterior do globo ocular.
- A sua característica fundamental é a transparência.
- O gel vítreo está em contacto com toda a superfície da retina.
- O gel vítreo consiste em 99% de água e 1% de elementos sólidos, como fibras colagénio, ác. Hialurónico e proteoglicanos.
- São projecções de sombra na retina.
- São desconfortáveis e irritantes logo após o seu aparecimento, embora com o decorrer do tempo, ocorra uma adaptação a elas.
- Depende da sua localização, podendo interferir com a leitura.
- Visualizam-se melhor olhando para um fundo liso, como uma parede branca lisa ou céu azul sem nuvens.
- Ocorrem geralmente após os 40 anos de idade, ou mais cedo nos portadores de miopia.
- Com a idade surge uma degenerescência fibrilhar do vítreo, originando uma contracção do vítreo.
- Surgem como pontos escuros tipo “moscas” ou “teias de aranha” quando movimentam o olhar.
- A hipótese mais aceite é que a alteração da estrutura do gel vítreo é resultado das modificações das macromoléculas constituintes.
- Miopia.
- Pós-cirurgia cataratas.
- Pós- Yag laser.
- Pós inflamação ocular (uveite posterior).
- Pós traumatismo ocular.
- Não perseguir as opacidades com o olhar, porque pode levar a tracção vítreoretiniana e originar rasgaduras retina.
- Evitar olhar para superfícies claras e lisas.
- Paciência.
- Podem ser graves, se associadas a rasgaduras da retina, pois estas se não detectadas e tratadas levam a descolamento da retina.
- Não existe tratamento eficaz e seguro para as miodesopsias.
- Se ocorrerem patologias causais, inflamatórias ou vasculares, o tratamento é etiológico.
- Raramente desaparecem fisicamente.
- Caso sejam de grandes dimensões e interfiram com a visão pode efectuar-se um tratamento com Yag-laser.
- Observação do fundo ocular pelo Oftalmologista, nomeadamente da periferia da retina e fotocoagulação com laser caso existam rasgaduras da retina.
- Ou Fotopsias!
- Ocorrem quando o gel vítreo degenerado tracciona a retina.
- É um estímulo mecânico exercido directamente sobre a retina.
- Caso ocorra um aparecimento súbito de flash luminoso, deve consultar um Oftalmologista, para despistar a presença ou não de rasgaduras da retina.
- Quando aparece uma nova mosca volante.
- Quando surjam flashes luminosos.
- Quando ocorrer uma diminuição da visão lateral.
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